O grupo quis ser bastante realista na sua proposta, por isso foi definido que é mais prático levar uma nave espacial à lua com as dependências necessárias, todas concebidas para operar com uma gravidade de 1,62 m/s2, para que possa funcionar como um acampamento lunar.

Esta proposta é feita tendo em conta a complexidade de levar o material de construção à lua e realizar o procedimento de construção considerando a baixa gravidade da lua e os recursos limitados, especialmente água e oxigénio.

Por esta razão, foi concebido um navio cuja estação central pode ser desacoplada do controlo de comando, permanecendo como um campo lunar com operação autónoma. Na parte superior da nossa nave temos uma nave auxiliar com todas as instalações necessárias para que uma equipa de até oito astronautas possa regressar à terra.

Um objectivo do campo será a construção de uma estufa que permita a criação de um ecossistema na lua, auto-sustentável no que diz respeito à produção de oxigénio e água, na esperança de fornecer uma percentagem destes elementos ao campo e que nos permita produzir alimentos para toda a população. Do mesmo modo, as expedições destinam-se a ser realizadas para verificar a existência de moléculas de água em cristais lunares que possam existir nos minerais ou gelo do pólo sul do nosso satélite, a fim de expandir o campo com as áreas necessárias para a sua extracção e estudo.

Cráter Clavius

Foi definido construir o campo perto do Pólo Sul da Lua, especificamente na cratera de Clavius.

Tem uma parede exterior relativamente baixa em comparação com o seu tamanho, o que facilitaria expedições fora do seu diâmetro, e o seu interior é, na sua maioria, uma grande planície adequada para o nosso campo espacial.

De acordo com estudos científicos realizados neste local, a descoberta de moléculas de água foi realizada e o nosso campo terá como objectivo o estudo para a extracção de água das bolhas de vidro lunar. É uma das zonas mais temperadas, tem duas semanas completas de radiação solar em cada mês.

A sua localização perto do Pólo Sul da Lua é conveniente uma vez que se segue que existe uma reserva muito maior de cristais lunares com moléculas de água no gelo polar.

Considerando que o navio será o campo, construí-lo-emos com materiais leves mas muito resistentes, tais como titânio, alumínio e ligas de magnésio. Para interiores de fibra de carbono.

Para a nossa estufa utilizaremos fibra de carbono transparente para a estrutura superior, pois permitirá a passagem de luz durante duas semanas do mês com radiação solar. A base será de liga de titânio para lhe dar força. No centro da estufa, será construída uma torre "Warka Water" de plástico biodegradável para recolher a água do orvalho das plantas num recipiente, após o processo de oxigenação.

Primeiro temos uma grande reserva de água no campo lunar, no entanto, para fornecer água ao campo, foram definidas três estratégias:
Reciclagem e reutilização da água através do ar condicionado do campo, um procedimento actualmente realizado em estações espaciais.
Recolha e processamento de urina para a produção de água.
Construção de uma Warka Water com plástico biodegradável na estufa que permite a captação de gotas de água da humidade gerada pelas plantas e direccioná-la para um tanque de retenção higiénico, funciona sem electricidade e a sua manutenção é mínima.

Existe um grande armazém de sete tipos de alimentos: liofilizados, humidade intermédia, termostabilizados, irradiados, naturais, frescos, secos. Um dos principais objectivos do nosso acampamento na lua é a construção de uma estufa na qual plantas alimentares e algumas outras serão cultivadas para estudos laboratoriais. Além disso, serão realizados processos de desidratação ou outros para a conservação dos alimentos no laboratório.

O nosso campo será fornecido com energia através de instalações solares fotovoltaicas, para as quais são necessárias baterias para armazenar o excesso de energia eléctrica produzida pelos painéis solares, para as quais utilizaremos baterias de iões de lítio, devido à sua elevada densidade energética, mais energia armazenada com menos peso. As baterias de iões de lítio poupam até 70% de espaço e 70% de peso em comparação com outras, o que as torna fáceis de transportar. A sua vida útil é muito mais longa e não necessitam de muita manutenção.

Existem tanques de oxigénio no campo, no entanto, para o seu reabastecimento foram definidas duas modalidades:
- Utilização de geradores de oxigénio em cada nível do campo, como o elektron, tecnologia que actualmente gera oxigénio na estação espacial.
- Cartuchos de perborato de lítio, como fonte auxiliar de oxigénio em caso de emergência, que pode fornecer oxigénio durante muito tempo ao campo.
Pretende-se que a estufa fechada possa gerar o seu próprio ecossistema e fornecer uma certa percentagem de oxigénio para o campo.

Os materiais do navio, além de serem resistentes e fortes, podem proteger os astronautas da radiação e no caso de uma chuva de meteoros, a parte principal do navio poderia ser manobrada para um local seguro.

Ao acordar, os astronautas vão à casa de banho tanto para a utilização de serviços higiénicos de baixa gravidade, como para o ambiente da casa de banho, de onde a água utilizada para o seu processamento será recolhida através das aberturas de ar condicionado e reutilizada. As casas de banho são especiais com um sistema de aspiração para utilização com baixa gravidade. A urina será recolhida e tratada para a transformar em água. Depois irão para a cozinha para escolher os seus alimentos e re-hidratá-los para consumo de acordo com as funções de cada um e os turnos correspondentes irão para as diferentes áreas, mas duas horas serão atribuídas ao ginásio para manter o bom estado físico.

Cada um desempenhará as suas funções no laboratório, na área de engenharia e manutenção, estufa interior e exterior, comunicação e controlo. A montagem das peças que irão formar a estufa exterior será atribuída e depois o pessoal estará disponível para trabalhar na sua manutenção, para formar um ecossistema auto-sustentável. Estas tarefas dependem da temperatura, se esta for muito baixa, o trabalho só será realizado dentro do campo, se a temperatura for óptima, algumas expedições serão programadas para recolher cristais lunares e verificar a existência de moléculas de água nos mesmos.

As refeições diárias são tomadas por turnos e no final do dia é feito um relatório das tarefas realizadas, problemas e a equipa sugere diferentes soluções para evitar inconvenientes, melhorar o trabalho de equipa e evitar o stress.